Você sabe o que Michelangelo, Galileu e Maquiavel tem em comum? Nesta matéria você vai descobrir como visitar a Basilica di Santa Croce, onde estão sepultados essas e outras personalidades famosas de Florença.
Mas o que todos eles faziam juntos em Florença?
Apreciar as obras realizadas ou inspiradas por Michelangelo, Galileu, Dante, Maquiavel entre tantos outros artistas e pensadores italianos não é uma novidade para quem está viajando pela Itália. Na verdade, poder ver de perto obras e feitos que marcaram e, de certa forma, transformaram a humanidade, é um dos grandes objetivos de quem viaja ao país da bota. E porquê estamos falando sobre isso? Ora… Estamos falando sobre Florença e falar sobre Florença é falar sobre as personalidades acima.
De acordo com os registros históricos, algumas dessas personalidades citadas acima nasceram na cidade. Já outros realizaram seus principais feitos por lá, enquanto os demais passaram boa parte de sua vida retratando ou trabalhando em Florença.
Podemos até acreditar que tamanha concentração de novidades em diversas áreas de atuação acontecendo em uma pequena parte geográfica do mundo possa ter sido sorte ou inspiração divina. No entanto, o mais provável mesmo é que tenha sido resultado do forte investimento financeiro que os nobres da região faziam naquela época em Florença. Seja por esse motivo ou pelo acaso mesmo, essa matéria trata de outra coisa que estes famosos têm em comum: onde estão enterrados.
A Basilica di Santa Croce
O contexto remonta o ano de 1294, quando a Basilica di Santa Croce, ou então a Basílica de Santa Cruz, começou a ser erguida. O local escolhido (Piazza di Santa Croce, número 16) fica há algumas quadras da Piazza della Signoria em paralelo ao Rio Arno. Reza a lenda que o local escolhido abrigava anteriormente uma igreja fundada pelo próprio Francisco de Assis.
Lenda ou não, a verdade é que esta basílica, consagrada em 1442 pelo papa Eugênio IV, é a maior igreja franciscana do mundo. São 16 capelas com diversos afrescos e obras de Giotto, Donatello, Vasari entre tantos, além, é claro, de vários monumentos funerários.
Lembra-se que falamos dos nobres que financiavam o desenvolvimento artístico da região? Pois é! Eles também têm tudo a ver com a Santa Croce. Em troca de terem sido responsáveis por boa parte da doação do valor utilizado para a construção da “igreja de todos os cidadãos florentinos”, a Igreja tornou-se local de sepultamento dos mais abastados (ou cidadãos notáveis de Florença, como eles gostavam de dizer).
São inúmeros túmulos esculpidos em mármore e, ainda que alguns estejam irreconhecíveis de tão desgastados pelo tempo (e pelos incontáveis passos de turistas sobre eles), é possível ver vários túmulos conservados por séculos. É bem difícil não pisar em um túmulo, até tentamos no começo, mas o chão está tão repleto que, depois de algumas pisadinhas sem querer, você acaba deixando para lá.
Mas esses artistas estão mesmo sepultados na Basilica di Santa Croce?
Sim, além dos nobres, a Igreja tornou-se um Panteão para artistas e escritores italianos famosos. Os mais procurados são os de Michelangelo, Galileo e Maquiavel. Mas ainda é possível ver os túmulos de Leon Alberti, Vittorio Alfieri, Luigi Lanzi, Ugo Foscolo e muitos outros. Você verá ainda dedicatória a Da Vinci e um monumento dedicado ao maior poeta florentino vivo na época da construção da basílica: Dante. Apesar do belo monumento e da expectativa que Dante um dia também fosse sepultado na Basilica di Santa Croce, seu corpo nunca mais foi para Florença, já que acabou permanecendo em Ravenna, onde morreu exilado.
A visita não se delimita apenas ao espaço da igreja. Você poderá se encantar com esculturas, vidraças, afrescos, monumentos espalhados também nas capelas, jardim e no museu dell’Opera di Santa Croce. Vale dizer inclusive que, desde novembro de 2016, foi reapresentada a Última Ceia de Vasari depois de anos de restauração. É praticamente uma espécie de super bônus pela visita.
Gostei! Quando posso visitar?
O horário de funcionamento é de segunda à sábado das 09h30 às 17h30. Aos domingos e feriados religiosos a igreja está aberta para visitação das 12h30 às 17h45, considerando a última entrada sendo às 17h. Mas como o lugar é super interessante e tem muita coisa para ver, não recomendamos que chegue faltando apenas quarenta e cinco minutos para fecharem. A igreja não costuma abrir em algumas datas do ano como: 01 de Janeiro / Páscoa / 13 de Junho / 04 de Outubro / 25 e 26 de Dezembro. Sempre verifiquem se estes horários mudaram no site oficial.
Quanto custa?
Para entrar na igreja e nas demais áreas, você precisa comprar um ticket de entrada. O ticket para adultos custa 8 euros. Crianças com menos de 11 anos não pagam e crianças entre 11 e 17 anos pagam 6 euros. Existe ainda a opção de comprar o Ticket Família onde você paga 8 euros para os adultos e as crianças até 17 anos entram de graça. Se você estiver viajando em um grupo grande ou fez muitos amigos por lá, recomendamos fazer a visita em grupo de no mínimo 15 pessoas e todos pagarão valores reduzidos.
Nós não enfrentamos uma longa fila mesmo em alta temporada, mas se você quer se antecipar, é possível comprar os tickets pelo site oficial. Vale dizer que a compra pela internet adiciona 1 euro por ticket comprado.
O complexo é acessível para cadeira de rodas?
Eles possuem uma rampa na lateral que possibilita a entrada na igreja e com isso acesso à boa parte do complexo e do jardim. No entanto, existem alguns salões e parte da igreja que só é possível acessar via escadas, o que pode restringir uma pequena parte do passeio. Também vale lembrar que pessoa em cadeira de rodas e seu acompanhante não pagam entrada.
Tem visita guiada?
Tem duas opções de visitas guiadas:
Áudio Guia:
A própria basílica oferece a opção de contratar o áudio guia por 4 euros adicionais ao seu ticket. O áudio guia nada mais é do que um aparelhinho que parece um rádio pequeno com um fone onde você vai clicando os números ao longo do trajeto na igreja e eles vão passando as informações sobre a basílica, os artistas que estão ali sepultados, curiosidades sobre Florença e muito mais. Atualmente o áudio guia não está disponível em português, mas existe a opção de espanhol e inglês, além de italiano e outros. Essa é uma boa opção para quem quer fazer o passeio no seu tempo, conseguir boas informações sobre a basílica e enriquecer o passeio.
Tour guiado por um guia credenciado:
Eu sou guia da cidade de Colônia, na Alemanha. Então sou um pouco suspeito para dizer que eu realmente acho que visitas guiadas por um profissional gabaritado faz do passeio uma verdadeira experiência onde você não apenas aprecia, mas entende o que está apreciando. Para quem gosta também de um passeio guiado com informações mais detalhadas e muitas curiosidades, encontrei um passeio pelo Get Your Guide que pode atender o seu perfil. Nesse passeio você tem informações sobre a arte de Donatello e seu crucifixo, uma das jóias do Renascimento, bem como a arte de Brunelleschi e a perfeita harmonia arquitetônica de sua Capela dos Tolos, o cemitério monumental e as pinturas danificadas que foram destruídas na trágica inundação de 1966 e foram posteriormente restauradas.
Depois de visitar o interior, conhecem o exterior coberto por uma fachada de mármore policromado. O guia faz o tour pelo campanário, pela cripta e pelas 16 capelas em um trajeto de uma hora. Depois do passeio você ainda tem o tempo que quiser dentro da Igreja para revisitar os pontos que mais gostou.
Vale a pena conhecer a Basilica di Santa Croce?
Com certeza! É uma igreja histórica, muito bonita, com uma localização central e de fácil acesso e ainda conta com um preço atrativo. Eu não deixaria de incluir essa visita no seu roteiro por Florença.
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Se você gostou dessa matéria e está planejando seguir viagem para Florença, talvez queira incluir no seu roteiro uma visita à umas das esculturas mais famosas do mundo: David de Michelangelo. Então clique nesse link e descubra todos os Detalhes de como conhecer essa obra incrível ao vivo.
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